quarta-feira, 29 de junho de 2022

A UNIÃO DE OGUN E OXOSSE

 


PATAKI - O porque Ogum e Oshosi moram juntos.


Oshosi era o melhor dos caçadores e sua flecha não falhava nunca. Ainda assim, naquela época, não conseguia chegar até sua presa porque a espessura dos matos e árvores na floresta o impediam. Desesperado foi consultar-se com Orunmilá, que o aconselhou que fizesse um ebbó. Oshosi e Ogum eram inimigos, porque Eshu fazia fofocas entre eles.

Porém Ogum tinha um problema similar. Ninguém era capaz de limpar caminhos e fazer trilhas na floresta com mais rapidez que ele, mas nunca conseguia matar suas caças porque escapavam com o barulho de seu facão. Então, ele também foi ver a Orunmilá e recebeu instrução de fazer um ebbó, Foi assim que ambos os rivais foram parar na floresta para cumprir com seus ebbés.

Sem se dar conta, Oshosi deixou seu ebbó cair em cima de Ogum, que estava
encostado em um tronco. Tiveram uma discussão forte, porém Oshosi desculpou-se e sentou para conversar, Começou a contar seus problemas. Enquanto falava, ao longe passou um veado. Rápido, como um raio, Oshosi se levantou e atirou uma flecha que atravessou o pescoço do animal matando-o.

"Está vendo! ", suspirou Oshosi, "eu não posso pegá-lo". Então, Ogum pegou seu facão e em menos tempo que um galo pudesse cantar, abriu um caminho até onde estava o veado. Ambos, muito contentes, chegaram até o animal e o compartilharam.

A partir daí, perceberam e concordaram de como eram necessários um para o outro, e que separados não eram nada. Por isto, fizeram um pacto na casa de Orunmilá.

Desde então, Oshosi, o caçador, sempre anda com Ogum, o dono dos ferros. Aquele que limpa e abre os caminhos.

O SACRIFÍCIO

 


Desde o começo do mundo, uma das coisas que mais controvérsia traz é o sacrificio, alguns o catalogam como um evento brutal e desmedido.

Sabia vocês que por muitos séculos a humanidade em diferentes crenças e culturas rendiam cultos a seus santos ou entidades com sacrificios humanos? IFA também se refere a esses eventos, onde narra que em certas ocasiões se tratou de sacrificar uma donzela em um evento tradicional de um povo e resultou que esta era filha de ORUNMILA, e, por isto, este teve que mediar, e por causa de sua intervenção este sacrificio humano foi abolido, já que se falou com os deuses e se trocou a donzela pelo carneiro (IRETE MEYI).

Dentro da fé Yoruba e sua dinâmica se incluem sacrificio de animais, isto se faz com propósito de mediar entre o destino e aqueles sucessos que não chegam.
Dentro desta cerimônia se guardam uma série de elementos dos quais muitos nem se quer conhecemos, como por exemplo: Vivemos num mundo onde estamos irradiados de campos eletromagnéticos e que ao mesmo tempo interactuamos entre si, o sangue possui energia própria, a qual se usa como complemento para satisfazer aquele vazio de energias existentes em nossa vida cotidiana.
Em outras palavras faça ideia de uma bateria de carro que uma vez que se descarregue, ou baixe sua voltagem é imperativo que se carregue, e é esta a função do sacrificio.

IFA nos conta que no começo de muitas civilizações estas chegaram a banhar-se de sangue, com o fim de estimular sua força Em nossa religião se sacrificam animais para dar conhecimento aos Orishas das situações que apresentam as diferentes pessoas que oferecem estes sacrificios e estes os ajudam a resolvê-las

Os Olwos além de realizarem os sacrificios ou matanças, também são encarregados de fazer outras cerimônias associadas a estés sacrificios como são apresentação das partes  dos animais de quatro patas aos santos que comeram e no final desenvolver á cerimônia de FIFETO para a finalização da matança ou sacrificio.

1. NOTA: Gostaria de dizer que estes sacrificios na maioria das vezes são dados o sangue para os santos e a carne é comida pelas pessoas da comunidade visto que não existe nenhum intuito perverso de matar por matar, pois comeremos esta carne assim como quando compramos no açougue ou aviários das cidades onde vivemos o desconhecimento de muitos levam a este conceito ruidoso de que isto é por maldade.

É possível uma ou outra vez que se faça uma cerimônia onde não se comem os animais, mas isto não é uma constante em nossas cerimônias.

A IRA DE OGUN

 


Orúmila adivinhou para Oggum e marcou sacrifício ao ori para aplacar a ira mas ele não obedeceu. 

Ocorreu que um dia quando ele estava andando pela rua ele esbarrou contra uma cerca de ferro com tanta força que rasgou sua roupa. 

Enfurecido, ele culpou a cerca e pegou sua faca, cortando-a com tanta raiva que esmagou a mão dele. Louco de raiva ele pegou o facão para quebrar a cerca com tanta força que ele bateu o facão quebrou, esfaqueando seu coração e assim ele morreu por causa de sua raiva.

Na religião iorubá "OGUNDAMASA"

A história conta que OLOFIN havia proibido a passagem por uma estrada e OGUN em um ato de raiva e desobediência aconteceu com ele, o povo disse a OLOFIN da falta de OGUN e OLOFIN respondeu:

"Deixe-o fazer isso; se ele quer perder o sentido da vida, deixe-o encontrar o sentido da morte."

A INTERPRETAÇÃO DO ORÁCULO.

 


Existe uma marcada influência em nossas vidas por causa dos decretos negativos e positivos que em torno de nós predigam. Há 2000 anos, Jesus dizia: "Se pedes a essa montanha que se mova, e o faça com fé, ela se moverá". Isto nos dá uma idéia do poder que nosso desejo, nosso pensamento e nossas palavras podem gerar para fazer o bem ou o mal.

Isto significa que então temos que resignarmos a levar uma vida cheia de obstáculos? Provavelmente não, como primeiro passo, somos capazes de assimilar que este poder também reside em nosso interior para decretar. "Vou triunfar"-"As lanças de meus inimigos nunca poderão me alcançar ou jamais, jamais, jamais... dar-me-ei por vencido".
Então porque apesar de que todos os dias eu repito, não consigo superar esses obstáculos? Este seria o segundo passo, através do qual necessitamos analisar todas as circunstâncias que influenciam em nossa vida presente,

QUAL É O  CARMA  QUE TRAZEMOS AO NASCER?

Desafortunadamente, nossas lembranças sobre quem fomos que viemos realizar quais são nessas dúvidas, pendentes, são apagadas da memória no momento de nascer. Isto faz ser mais difícil alcançar a estabilidade, pois andamos na vida como cegos, tropeçando muitas vezes, com a mesma pedra até que aprendemos com nossos erros.

QUAIS SÃO NOSSAS DÍVIDAS NO PRESENTE?

Tudo na vida tem um preço. Existe um pataki (história ou parábola) de ifá que diz: "Tem quem queira ficar sem um olho para ver a seu inimigo cego" O que temos pedido para nossos semelhantes, amigos e inimigos, que temos que pagar?

CONTRA O QUE E QUEM ESTAMOS LUTANDO?

A força do universo não está composta simplesmente por Deus (OLOFIN), nós e o Diabo. Existem outros elementos como: Eshu (Eshu Elegbara, a polícia do universo) as bruxas, os egguns buruku (mortos obscuros) entre outros. E aqui onde a interpretação do Oráculo feita por um iworo ou por um Babalawo (sacerdote de Ita. Pai do segredo), deve ir além do simples esclarecimento dos problemas queixados pelo consultado e de soluções para salva-lo, em caso de perigo para sua integridade ou a de sua familia.
O ASHÉ (energia) empregada pelo sacerdote que interpreta os signos do Oráculo, quando fala ao consultado, produz uma sensação de bem estar, de alívio e coloca o consultado em contato direto com a energia do criador. Por esta razão são muitas as pessoas que choram ou sorriem durante a consulta, sentindo que não estão tão sós como eles acreditavam

Encontrando um remanso em seu caminho que ajuda a seguir para frente, a ser
paciente com aquilo que não podem trocar instantaneamente, e a ser perseverante para
triunfar naquilo que sim, podemos trocar.

terça-feira, 21 de junho de 2022

OS IBEYIS OU JIMAGUAS


Os Ibeyis, as mabaças, as jimaguas ou os santos meninos. Orixás representados pelos gêmeos. O incansável e imparável. Para eles não há obstáculo que os assuste, não em vão eles derrotaram o próprio diabo, esses são os jimaguas.


Quem são os Jimaguas ou os Ibeyis?

Essas divindades gêmeas, diferentemente dos erês, consideradas entidades infantis relacionadas a todos os Orixás e seres humanos, são divindades infantis, ou seja, Orixás filhos.

Por serem gêmeos, estão associados ao princípio da dualidade. Sua característica infantil faz com que se relacionem com o que começa e nasce: o nascimento de um rio, o nascimento de seres humanos, a germinação de plantas e todas as origens em geral. Eles são conhecidos pelos nomes de: taewo e kainde.

Quem é a mãe dos Jimaguas?

Os jimaguas são filhos do Orixá Oxum e seu pai é Shangó. Foram criados por Oyá que os aprecia muito.

Características dos jimaguas:

Os Ibeyis ou Jimaguas são divindades que representam fortuna, sorte e prosperidade. A capacidade de salvar da morte e das más influências é atribuída a ele como a maior virtude. Eles podem estar localizados nos caminhos dentro da montanha e, portanto, são protetores oportunos dos caminhantes Os Ibeyis ou Jimaguas são divindades que representam fortuna, sorte e prosperidade. A capacidade de salvar da morte e das más influências é atribuída a ele como a maior virtude. Eles podem estar localizados nos caminhos dentro da montanha e, portanto, são protetores oportunos dos caminhantes.

Seu símbolo mais importante são os tambores, graças aos quais conseguiram derrotar Abita (o demônio). As jimaguas podem ser identificadas em três combinações: fêmea e macho, dois machos ou duas fêmeas.

Como servir os Jimaguas? Adimus e ofertas
A comida mais popular dos Ibeyis é o arroz amarelo com frango que é feito com as galinhas de sua consagração. São oferecidos doces e guloseimas. Eles são servidos com eku (jutia defumada), eya (peixe defumado) e awado (milho assado).

Pratos tradicionais da culinária afro-cubana também são oferecidos, como: okuo con abola (inhame destruído com molho de cogumelos). Ekuru (tamale de feijão preto). Adalu (tamale de feijão vermelho). Ekru (tamale com feijão frade). Olele (tamal de feijão fradinho com bija). Ekru ara (tamale de feijão frade com casca). Agbado agulu eram elede dindin (milho refinado, com carne de porco frita) eja dindin (peixe frito) pão e rosetas ou pipoca.Também são oferecidos todos os tipos de frutas como: mamey de Santo Domingo, anón, graviola, canistel, laranja, manga, platanillo, goiaba, mamoncillo e abacaxi.

Galinhas e pombos são imolados.Os Ibeyis na religião católica
O sincretismo dos Ibeyis ou Jimaguas é realizado através dos santos católicos San Cosme e San Damián. Sua relação com esses médicos cristãos, além do fato óbvio de serem irmãos, deve-se ao fato de Cosme e Damián serem muito populares por sua capacidade de exercer a medicina, algo que está relacionado ao fato de os jimaguas serem representantes da luta pela salvação de seus devotados e dignos obreiros contra o mal.

Outra característica em comum é que esses santos católicos exerciam sua profissão abnegadamente com o único propósito de ajudar e salvar os outros, sempre representando sua fé em ações, mesmo sendo torturados, queimados vivos, surpreendentemente sobrevivendo, sendo decapitados posteriormente por Ordem de Diocleciano na ano 300 d.C. c.

O comum em suas circunstâncias é o fervor com que ambas as divindades realizam sua missão, os jimaguas também não tiveram medo de enfrentar o mesmo demônio, e até hoje sua missão é mantida, pois são divindades que mesmo no momento mais difícil e em diante da mais complexa adversidade não deixe de lutar para nos ajudar.

O CAMINHO DE OSHUN E ORUNMILÁ

 


Na terra de Ala Joron Obatalá vivia com sua filha mais nova que era Oshún, que fazia tudo para o pai porque ele já era velho, ela era a encarregada de administrar a casa e cuidar das coisas de Obatalá, junto com Elegba que ajudava sua. 

Um dia Obatalá preparou uma bebida para Osanyin que o estava traindo secretamente, por sua vez ele também estava preparando um oshinshe para poder destruí-lo em caso de rebelião. Uma vez que tudo isso está pronto, Obatalá manda chamar Oshún e Elegba para tomar essa ordem, quando Elegua estava indo para onde ela estava, ele foi interceptado por Orúnmila, que lhe disse para dizer a Yalorde que ele tinha que fazer ebo, porque Ozain tinha todos os estradas bloqueadas e podem cair em uma armadilha.

Oshun não deu ouvidos a Orunmila porque achava que Osanyin não era tão ruim. Ele foi até seu pai Obatalá que lhe disse: "Leve isso para Osanyin, mas nem pense em beber", antes de passar pelo ibu e enterrar essa oshinshe ao lado da ovelha Iroko para que eu possa controlar todos os passos de Osanyin. 

Oxum o fez, mas quando estava plantando o oshinshe sentiu sede e ouviu uma voz semelhante à de Baba que lhe disse, vá para a casa de Osanyin mas antes de chegar lá, beba um pouco disso. Então ela fez isso sem perceber que era um engano, e quando ela bebeu na casa de Osain ela adormeceu completamente.

Elegua e Orunmila ficaram preocupados porque Orunmila não tinha ouvido Orunmila, então decidiram ir, e quando passaram por Iroko ouviram a mesma voz e Orunmila rapidamente quebrou um obi funfun e matou um eyele em um segmento de malva branco e começou a sacudindo a estrada, o Egun ao vê-lo fugiu
assustado e assim Orunmila chegou na casa de Osanyin que se preparava para se aproveitar de Oxum, Orunmila vendo ele entrou na casa orando: "Alafia Omo, Alafia ilé Obaknono Kosu Ayé Umbo ilé Osanyin Adifafun Yalorde", E nesse momento caiu um raio destruindoOsanyin, Orunmila pegou a ovelha malva branca que estava vestindo e deu para Oshún que acordou, na volta contaram a história para Obatalá que contou a Oshún, nunca mais na vida beba novamente e desobedecer a Orunmila. 

OXUM FOI MALTRATADA POR SHANGÓ 

Neste pataki, Oxum morava com Xangô em uma cidade. Ela era muito bonita e cativava todos os homens daquele lugar. Todos os okuni que colocaram tudo a seus pés sem que ela pedisse nada, mas aceitando o que trouxeram para ela, mas Oxum só estava apaixonada por um homem, Xangô.

Eles começaram a viver juntos porque com o passar do tempo eles se casaram, mas Xangô começou a maltratá-la e o que ela dava a ele, ele preferia curtir com outras mulheres, impossibilitando sua vida, ela sofria moral e espiritualmente, mas apesar de todos aqueles maus tratos ela continuava loucamente apaixonada por Xangô e não queria se separar dele. 

Depois que Oxum decide se vingar do deus do Trovão, que tinha um irmão chamado Abeyi, ela começou a se apaixonar por ele e iniciou um relacionamento com ele. Quando Xangô soube da situação e foi pedir explicações ao irmão, ele respondeu: Irmão, Oxum foi maltratada e abandonada por você e eu dei a ela o que você não foi capaz. O que você fez com outras mulheres, não reclame isso contra mim. Você a envergonhou e a maltratou, ela está cansada, Yalode já está entediada com você. Comigo ele é feliz.

PATAKIE: EXU SUJA A CASA DE OSHUN 

Um Patakie (história) conta que Oxum morava com Babalu Aye em uma cidade chamada terra Iyebu Teyun Lashe Lenu, eles eram os donos da região daquela terra, onde tiveram muitos filhos e eram muito felizes.  

Mas este Pataki de Oxum nos diz que San Lazaro tinha um ajudante chamado Exu Alawana que comia tudo podre, pelo que Oxum não tolerou e o expulsou de casa então Exu teve que morar no cemitério. Enquanto estava lá, ele estava encarregado de trazer comida para Yewa.

Exu tinha grande apreço por Babalu Aye, este era seu professor e ele sempre ia a sua casa procurá-lo, mas Oxum não o deixava entrar, pois tinha um cheiro desagradável. Como resultado de tudo isso, Alawana cuidou dela e quando ela foi descuidada, ela entrou na casa e a sujou, e quando ela foi procurá-lo, ele se escondeu na lata de lixo e transformado em lixo, então em forma de lixo entrou na casa e ninguém viu, criando dificuldades dentro de casa, trazendo doenças e tragédias.

Um dia Oxum disse ao marido: De vez em quando tivemos muito trabalho. E um dia ele o convenceu a ir ver Orunmila, onde os consultou revelando o sinal de Ifá Odi Iroso e lhe disse que ele tinha um personagem que sempre andou com ele e que ultimamente ele o havia renunciado ao esquecimento por andar com sua mulher , mas que esse personagem em sua busca incessante na casa o prejudicou porque ele mesmo não entendeu como necessário, então ele marcou um ebbo, onde ele teve que varrer a casa junto com Oxum e enquanto isso cantava este Suyere:

Ala ilereo ala ilereo labera obede gbogbo araye unlo kampani Kampani unlo araye ashegun ota".

Quando varreram o lixo da casa dele, levaram para Orunmila, mas antes pegaram um pouco e jogaram: eku, eja, awado, oñi e oti e colocaram no shilekun Ile, deram a ele Obi Omi Tuto e deram-lhe um akuko e um eyele, depois com esse lixo fizeram um ebbo apayeru e colocaram na lata de lixo onde Azojano cantava:

«Awara ebora kada alawana dide dideo ara gogoto dibe dibeo, Bebele eshu alawana dide o umbo ile mi»

Então Alawana apareceu dentro do lixo e quando viram, souberam quem era quem estava sujando a casa e causando tantos Osobos. Exu, levantou-se do lixo cantando:

AGO TI INA ALAWANA TI INA TI NA».

Então Babalu Aye disse a ele: Você e eu devemos viver juntos, foi assim que Olodumare determinou, você sempre viverá na minha casa que é a casa de ODI-IROSO e de OSUN, mas você já se acostumou com o cemitério, você vai viver em um poço atrás da porta. Então Exu Alawana ficou para sempre guardando a porta da casa e eliminando toda a feitiçaria e feitiçaria que os inimigos de Asojuano costumavam fazer.

OSHÚN A FILHA DE OBATALÁ 
NESSA HISTÓRIA (PATAKI), 

OBATALÁ tinha uma filha muito simpática e muito bonita, que era Oxum, Baba sempre a tinha ao seu lado e ela passava muito trabalho lavando suas roupas, cozinhando sua comida, limpando sua casa. 
Ela reclamou de tanto trabalho e Obatalá lhe disse: - «Minha filha eu te recompensarei». Ele não fez nada para aliviá-la nessas tarefas, porque achava que ela era sua escrava.

A Yalode tinha amigos que a visitavam e lhe diziam para não ser boba, porque com sua beleza e beleza ela não precisava estar passando por tantos trabalhos, que na planície havia Príncipes e Reis, que ela deveria ir com eles para desfrutar a vida e obter riqueza e dinheiro.Um dia cansada de trabalhar tanto na casa do pai, ela ouviu os maus conselhos de seus amigos e foi com eles e a vida ruim que seus amigos lhe deram foi tão ruim que ela ficou gravemente doente.

Quando voltou para a casa do pai, estava tuberculosa e tão deteriorada que, quando Obatalá a viu, disse-lhe: ,lhe darei comida e uma casa para morar." Mas já é tarde demais para você."


OSHUN SALVA SHANGÓ DA MISÉRIA 

SHANGÓ era governador de uma cidade, onde tinha muitos negócios, mas estes não eram prósperos, perdendo todo o seu dinheiro e ele, triste por se encontrar naquela situação a que não estava acostumado, decidiu deixar aquela cidade.
Mas seus parentes lhe disseram porque você não vai ver Orunmila e você olha para ele antes de sair, então ele fez e Orula o consultou e o fez ebbo e disse para levá-lo para o meio da praia. Ao chegar lá encontrou Oxum que ficou feliz em vê-lo, pois queria falar com Xangô e Xangô lhe disse para esperar que ele saísse do Ebo e quando Oxum retorna ele propõe um negócio junto com ela que era vender animais de todos os tipos, ele aceitou, porque foi o que ele fez e uma sociedade se faz e começa a prosperar novamente.

MIZARU, KIKAZARU e IWAZARU

 


OS 3 MACACOS SÁBIOS E SUA RELAÇÃO COM ORUNMILA O ORÁCULO DE IFÁ .

Significado dos três macacos sábios:

Sua força está na unidade, pois um
sem o outro seria incapaz de
desenvolver sua função devido às suas
deficiências, eles são a encarnação
propícia do Ifá dizendo que ele cita:

A FORÇA ESTÁ NA UNIÃO 

Estes são colocados para cumprir o seu dever formando uma corrente de mão encabeçada pelo macaco surdo que fornece ao cego a informação que mais tarde enviará ao mudo.

Os três macacos irmãos chamaram zaru, termo que os macacos usam para representar os verbos de não ver, não ouvir e não falar. Existem muitos patakis que refletem a existência desses famosos personagens que são venerados em outras culturas ao redor do mundo.

No Panteão Yoruba um dos avatares os coloca como espiões que foram enviados diretamente por Olodumare à Terra para observar o comportamento dos homens e depois transmitir a Orula suas apreciações a respeito das provas.

A representação desses irmãos vive ao lado do receptáculo de Orula, que graças à ajuda desses enviados pode assumir comportamentos em relação à atitude humana e seu merecimento.

O QUE É ORISHÁ OKO? OU QUEM É ORISHÁ OKO?

O Orishá da terra, do trabalho duro, o agricultor com suas colheitas. Divindade do país. Aquele que protege as colheitas e os arados. Símbolo infalível da vida porque contribui para a existência dos meios para nos sustentar, permitindo-nos obter o alimento necessário para sobreviver, que é o Orishá Oko.


Este é um Orixá maior, seu nome vem do Yorùbá "Òrìsá Okò" que pode ser traduzido como: Orixá del Labrado. Seu pai é considerado Obatalá e sua mãe Yembó.
Orishaoko era o marido de Olokun, cujo relacionamento terminou em grande conflito depois que ele revelou seus defeitos. No entanto, eles nunca conseguiram se separar completamente, pois o mar e a terra sempre convivem. Em outro de seus avatares também teve um caso de amor com Yemayá.

Diz-se que vive na terra, especialmente na terra arada, semeada e colhida. Também vive nos telhados. Por sua participação ativa na dinâmica produtiva que fornece alimento aos seres vivos, forma uma importante trilogia com os Oshas Oke e Oggue, que, por sua vez, também são responsáveis ​​pelas lavouras, pelas chuvas, pelo fogo interno capaz de terra e os animais.
Nos seres humanos esta divindade simboliza a força de vontade. Representa estabilidade, permanência, perseverança, firmeza, sobrevivência, força, os ciclos da natureza, agricultura e sentimentos intensos e duradouros.

Ele é o patrono natural dos agricultores, mas também é considerado o árbitro de todas as disputas, especialmente quando se trata de conflitos femininos. Ele ainda é creditado com o poder de ser o juiz nos julgamentos dos Orisas.

Entre suas tarefas destaca-se garantir a prosperidade na terra. As abelhas são seus mensageiros.


Como é Orixá Oko?

 
Orixáko

Entre suas características, destaca-se que é muito trabalhador e discreto, sabe guardar segredos profundamente e se diz casto, a ponto de seus testículos ficarem pendurados no chão. Diz-se também que Orisa Oko tem duas personalidades que variam conforme o dia passa. Enquanto se vislumbra a luz do dia, ele aparece como um homem puro e reto, mas, ao cair da noite, transfigura-se disfarçando-se de Ikú (morte). De fato, a ele é creditado a tarefa de receber os cadáveres que lhe são entregues pelo Orixá Yewá.

História do Orishá Oko

Quando Xangô nasceu, seu nascimento foi gerado pelo trabalho e graça de Olofin e Oloddumare. No momento de seu nascimento Olofin exclamou: Esse é meu filho! E será entregue ao Orisa Dada Abañeñe para cuidar de sua educação.

Foi assim que Olofin deu a Dada tudo o que era necessário para sua criação e manutenção. O tempo passou e Xangô estava sempre crescendo com a benção de Olofin, que lhe ensinava todos os seus segredos, pois desejava muito ter um filho na terra.

Olofin visitava seu filho a cada 6 meses, desta forma o estava guiando no desenvolvimento de sua vida. Quando Xangô se tornou homem, saiu da casa de Dada Bañeñe. Quando chegou o momento em que Olofin foi vê-lo, ficou surpreso ao descobrir que seu filho não estava lá, o que o preocupou muito.

Olofin decidiu visitar Orunmila que o fez Osode (adivinhação) e viu o Odu Odi Bara , indicando os sacrifícios correspondentes que foram feitos com pressa. Ele também recomendou que ele deveria conceder uma graça ou um prêmio à pessoa que encontrou seu filho Xangô.
Naquela época, sob o sol inclemente, Orixá Oko trabalhava a terra enquanto cantava: "yenibo misesere yenibo miserere", surpreendentemente das entranhas da terra saiu uma voz que respondeu ao seu canto.

Orishaoko, ouvindo isso, apertou o arado com mais força e entre as pedras que jaziam no chão, um se tornou homem e logo depois voltou a ser pedra. Orishaoko o guardou com muito cuidado, colocando-o em um de seus bolsos.

Ao final de seu trabalho, foi à casa de Olofin contar a história do incrível achado que fizera no campo. Olofin ao ouvir sua história se encheu de alegria e muito emocionado disse: "Dê-me aquela pedra que você encontrou, porque é um Odu Ara, que é meu próprio filho Xangô, que tanto procuro".

Desta forma Olofin abençoou o Orixá Oko concedendo-lhe a graça que havia prometido e lhe disse: «A partir de hoje, você será o Rei da terra para sempre e o amigo mais próximo de Xangô, por isso sempre pintará um azulejo branco e vermelho para decorar sua casa.

Como estão os filhos de Orishaoko?

Os filhos de Orichaoko caracterizam-se por serem muito calmos, tranquilos, pacientes, perseverantes, práticos, cuidadosos, trabalhadores, muito responsáveis, parcimoniosos, e por prestarem grande culto e respeito à história e aos antepassados. Normalmente não são amigos de festas, nem de promiscuidade, também têm um respeito muito particular pela vida e pelos seus pares.

Quando mal aspectados, eles podem se tornar egoístas, teimosos, raivosos, excessivamente tradicionais, lentos, lentos, ressentidos, ciumentos, possessivos e materialistas.

O que se pede de Orishaoko?

Representando prosperidade, você pode fazer inúmeros pedidos nesse sentido. A influência na fertilidade é atribuída a ele, portanto, as mulheres estéreis recorrem à sua ajuda. É um Orixá relacionado aos pedidos de saúde e para evitar a morte prematura. Pede-se abundância e estabilidade, para que o trabalho seja frutífero. Ele é solicitado a ajudar a enviar a chuva em épocas de seca ou pará-la em épocas de fortes condições climáticas. Também é oportuno em situações de conflito em que a mediação e a resolução de disputas são necessárias. Fundamentalmente é um Orixá que é invocado e recebido para atrair estabilidade tanto em termos de saúde quanto de produtividade.

Enquanto o esforço for nobre, a colheita será sempre abençoada pelos Orixás".

terça-feira, 14 de junho de 2022

HISTÓRIA DO NASCIMENTO DA ADIVINHAÇÃO ATRAVÉS DO COCO

 


Um Awo chamado Biague teve um filho Tamado Adiatoto. O pai deu-lhe apenas o seu. segredo: a arte, que ele havia criado para adivinhar com "Obi"

Em sua casa Bague tinha outros filhos adotivos, meninos que lhe obedeciam

como um pai e se consideravam seus filhos, mas seu único filho de
sangue era Adiathotus.

Quando o "Awo" morreu, esses filhos adotivos roubaram tudo o que ele tinha, e o verdadeiro filho permaneceu neste mundo sofrendo ,passando dificuldades.

Com o tempo, o "Oba" da cidade quis saber quem era o dono de um grande pedaço de terra do falecido Biague em lle llu, na cidade, e ordenou que seu atual proprietário aparecesse. Aqueles que declararam que a terra lhes pertencia não tinham provas para provar e o porta-voz anunciou o nome de Adiatoto que chegou.

Foi ver o "Oba" e disse-lhe que a única prova que lhe podia oferecer eram os seus cocos "Obi", com os quais o seu pai Biague lhe ensinara a adivinhar. Adiatoto explicou ao Rei como era a manipulação de "Obi" e o Rei para testar, fez várias perguntas para ele. A todas as perguntas que o Rei fez, "Obi" respondeu com sinceridade. Fizeram a pergunta na hora e "Obi" respondeu afirmativamente que era de Adiatoto. Adiatoto recebeu as propriedades que eram suas por direito e que os falsos filhos de Biaque usurparam.
HISTÓRIA DE "OBI" O COCO

"Obi" era uma pessoa muito vaidosa. Um dia Olofin deu uma festa à qual compareceram todos os Orixás. Obi era um Orixá e também participou desta festa. Chegando na porta do palácio de Olofin, quando ele ia entrar, as pessoas que costumavam se reunir na porta do palácio para pedir favores e dinheiro aos Orixás, se aproximaram de Obi para pedir também. Obi rejeitou essas pessoas e não queria que se aproximassem dele porque eram pobres, sujas e mal vestidas. Havia tanto barulho e reclamações dessas pessoas que Olofin descobriu e saiu para ver o que estava acontecendo. Olofin tornou-se aquele com a visão de longo prazo e mandou Obi entrar. A festa continuou e Obi continuou com suas vaidades, o que deixou Olofin muito desconfortável, mas ele não disse nada.

Os dias se passaram e Obi resolveu fazer uma festa em sua casa. Os convidados foram escolhidos e ele proibiu as pessoas que estavam na frente das casas dos Orixás pedindo orações para se aproximarem de sua casa naquela noite. Os convidados começaram a chegar e a festa estava progredindo bem. Há uma batida na porta e Obi vai atender, pensando que era algum convidado. Quando ele abre a porta, ele encontra um mendigo que era Olofin disfarçado, Olofin pediu dinheiro e comida a Obi e Obi negou e o fez sair de sua casa. Olofin tira o disfarce e fala com Obi com uma voz majestosa. Obi, vendo que era Olofin quem ele havia expulsado, fica sem feijão e se ajoelha diante dele.

O QUE É SANTERIA

 


Flávia Catarina da Costa Omo Oshún Oñin Okan Iyapetebi Ni Orunmilá Oshe Meyi Ifá Omã 

A chamada "Santería" é a religião resultante do sincretismo realizado pelos africanos que chegaram a Cuba, como resultado do tráfico de escravos durante a descoberta e colonização do Novo Mundo. Por muito tempo esta prática ancestral foi uma das mais importantes em Cuba, mesmo além da liturgia religiosa, sem dúvida, teve uma influência considerável na formação da cubanidade como tal.
As origens do que hoje chamamos de “Santería” remontam ao antigo continente africano. Destacando-se da cultura pertencente à região da Nigéria, mais especificamente em relação ao povo iorubá, que apesar do processo de adaptação a que os indivíduos foram submetidos quando se encontraram em um continente diferente, com características, flora, fauna e outras variantes , preservaram muitas das características básicas de suas tradições ancestrais.

Lembremos que os iorubás chegaram graças ao tráfico de escravos pelos espanhóis e portugueses para as ilhas do Caribe entre 1770 e 1840. Trazendo consigo apenas sua fé e crenças, depois de serem arrancados de sua terra natal, de forma sangrenta, submetidos a terríveis condições desumanas durante as transferências em navios totalmente superlotados, onde muitos deles morreram durante a viagem devido à crueldade das condições.

Diante do olhar indolente dos colonizadores e da religião católica que ao invés de garantir um tratamento mais humanizado, aproveitaram para promover sua cultura religiosa , incentivando esses indivíduos a serem obrigados a desistir da única coisa que lhes restava, suas crenças, vendo a necessidade de adotar outro dogma religioso. No entanto, o africano se recusou a abandonar completamente seus costumes, afinal, era algo que estava tão arraigado nele que nem mesmo o tratamento mais cruel conseguia tirar aquela essência de seu coração.

É preciso considerar que a prática religiosa para os iorubás vai além de uma simples crença. Seu desenvolvimento espiritual é de natureza holística. Suas crenças governam seu pensamento, suas ações, sua interação social, ou seja, suas crenças religiosas definem sua cultura e o comportamento de sua sociedade. Livrar-se disso era quase impossível.

É assim que surge o sincretismo, que nada mais é do que a fusão entre várias culturas espirituais que se tornam uma só, dando origem a uma nova doutrina ou prática religiosa. Os iorubás em Cuba, por exemplo, criaram um novo culto que se manteve o mais próximo de seus costumes ancestrais, mas através de uma busca profunda por elementos espirituais em comum com a religião católica, conseguiram identificar suas divindades nos santos católicos. É a partir daí que vários santos e virgens são identificados ou relacionados ao panteão iorubá.

Essa fusão surge da necessidade de preservar suas antigas crenças religiosas, se não fossem obrigados a abandonar sua fé, com certeza manteriam seus costumes intactos, porém, esse fato revela a profundidade de suas crenças, pois mesmo correndo o risco de maus-tratos, tortura Mesmo correndo risco de morte, os iorubás mantiveram sua fé intacta.

O panteão iorubá tem a particularidade de possuir um grande número de divindades, evidentemente isso gerou a necessidade de encontrar entre os santos católicos muitas espiritualidades que compartilhassem características comuns com suas espiritualidades, a fim de continuar seu culto através delas. Desta forma, seus deuses e deusas chamados Orixá tomaram o nome e a forma de tais santos, na aparência, mas não na essência. Por outro lado, os rituais, costumes e crenças que trouxeram da África não mudaram além dos casos em que a adaptação foi necessária por falta de certos elementos. Um santero cubano disse que: "O sincretismo nos permite cultuar santos católicos no altar, embora quem realmente vemos seja o deus africano".

Por isso é comum relacionar o Orixá Orumila com São Francisco de Asís; para Elegua com San Antonio; para Oggun com San Pedro; para Oshosi com San Norberto; Obatala com a Virgen de las Mercedes; a Oxum com a Virgen de la Caridad del Cobre; a Oya com a Virgen de la Candelaria e Yemaya com a Virgen de Regla, entre outras, que fazem parte do sincretismo iorubá ou santería com a religião católica.

É importante notar que desde a chegada dos africanos na América, a Igreja Católica proibiu as religiões que vinham da África em toda a América Latina, portanto, a Santeria foi forçada a ser praticada em segredo por um longo período da história cubana, até que a Igreja não outra alternativa a não ser começar a tolerar o sincretismo religioso dos afro-cubanos, percebendo que sua cultura estava tão profundamente enraizada que era praticamente impossível extingui-la.
Como é Santeria?

Na Santería ou Regla de Osha, são adorados um Deus supremo (Oloddumare) e um grupo de divindades ou Orixás, que compõem o panteão iorubá. Os sacerdotes consagrados neste culto são considerados Iyawo (durante o primeiro ano de consagração) e depois "Olorisha", popularmente conhecidos como santeros. Quando consagram outros indivíduos tornam-se "Iyalosha ou Iyalorishas" (mãe de santo ou madrinha) ou "Babalosha ou Babalorisha" (pai de santo ou padrinho).

As consagrações dos praticantes respondem a um determinado Orixá, conhecido como "Orixá Tutelar ou Anjo da Guarda" que é determinado através de uma cerimônia conhecida como: Mão de Orula (Awofaka ou Ikofafun) onde vários sacerdotes de Ifá ou Babalawos através do respectivo cerimonial graças ao Ifa oráculo, eles podem saber qual é o "santo ou Orixá" que a pessoa deve consagrar.
A prática da Santería não tem nada a ver com feitiçaria , como muitos detratores fizeram crer. Embora tenha características místicas que podem ser usadas tanto para o bem quanto para o mal, sua práxis simplesmente responde à ética e aos valores do sacerdote atuante, como é o caso de todas as religiões do mundo. A essência dessa crença ancestral baseia-se em aproveitar as energias das divindades que estão impregnadas nas forças da natureza para alcançar os objetivos para os quais cada ser humano veio à terra.

Sua ideologia revela que: cumprir o destino que escolhemos antes de chegar ao plano terreno é a principal missão de cada indivíduo, e os Orixás estão prontos para nos ajudar nessa jornada através de certos rituais mágicos ou dos conselhos que nos são fornecidos. diferentes oráculos que os iorubás têm à sua disposição. É por isso que a Santeria é conhecida como uma religião em que abundam cerimônias e sacrifícios, motivados pela variedade de oferendas com as quais os Orixás são entretidos para obter sua influência positiva no desenvolvimento da vida de seus seguidores.


Santeria nos países da América

É importante notar que a prática da Santeria se espalhou para muitos países ao redor do mundo . Um exemplo disso é o México, onde podemos encontrar uma grande variedade de seguidores e iniciados. Há também uma ampla rede comercial relacionada a essas práticas, principalmente nos mercados da Cidade do México, onde é comum encontrar lojas especializadas que vendem toda a parafernália utilizada na Santeria, como: terrinas, colares, pulseiras, velas, enfeites e outras ferramentas .

Esses estabelecimentos comerciais comumente chamados de "botânicos" também existem amplamente na Venezuela, onde a Santeria é uma religião que goza de grande aceitação, conglomerando um grande número de seguidores e iniciados desde os anos 90 até o presente.


Nos Estados Unidos, na cidade de Nova York ou Miami, os botânicos estão em muitos lugares, inclusive oferecendo seus serviços por todos os meios de publicidade, inclusive se destacando mais que outros tipos de negócios e oferecendo uma ampla gama de artigos religiosos.É evidente que as pessoas tendem a ser atraídas por aquele véu místico e exótico que envolve a Santeria . Apesar de muitos detratores desde seus primórdios até o presente terem tentado desacreditar essas antigas práticas originárias do primitivo africano, de fato, o termo "Santería ou Santero" foi originalmente usado de forma pejorativa para se referir a indivíduos pertencentes ou descendentes de o povo iorubá, que praticava os rituais de sua religião ancestral. Mais tarde tornando-se simplesmente um adjetivo usado para se referir aos iniciados e praticantes da Regra de Osha e Ifa afro-cubano.Mesmo assim, seu legado religioso conseguiu sobreviver aos estragos do tempo, além da subjugação experimentada por seus praticantes mais antigos quando chegaram à força na América, popularizando-se e se espalhando por lugares insuspeitos, sendo também parte fundamental da herança secular e cultural transmitida e reproduzido graças às artes, música e cultura afro-caribenhas.

De fato, assim como a Santeria surgiu em Cuba, da mesma forma, outras variantes espirituais herdadas das crenças africanas se desenvolveram nos países caribenhos, como: o vodu no Haiti e na República Dominicana; a Macumba ou o Candombe no Brasil e o Obeah na Jamaica, entre outros. Reafirmando mais uma vez, a natureza do africano de não deixar para trás sua essência mais enraizada.

A PALAVRA DE IFÁ NUNCA CAÍ AO CHÃO


Pataki Otrupon di onde Ifá diz : Apalavra de Orunmilá jamais tocará o chão .


Havia um caçador, que pertencia a uma religião que não era Ifá e um dia ele foi olhar a casa de ORUNMILA e ele, vendo este Ifá, diz a ele que para continuar caçando ele tinha que fazer EBO e marcava os ingredientes do mesmo. Mas o caçador disse a si mesmo que não precisava fazer EBO e foi caçar no dia seguinte e conseguiu pegar um porco-espinho e imediatamente reuniu seus amigos e familiares e fez um grande banquete.

Este homem vivia apaixonado por sua religião e odiava ORUNLA e todos os seus seguidores e, para menosprezá-los e rir dele e de Ifá, enviou um emissário à casa de ORUNLA e enviou-lhe um convite para o banquete.

Mas ORUNLA o mandou dizer: "Embora seja verdade que você caçou um grande porco, também é verdade que ninguém comeu" e disse ao emissário que ele não iria e lhe enviasse sua mensagem.

Este homem havia contado a seus convidados o que ORUNLA lhe havia dito no Osode e que não acreditava em nada do que lhe havia dito. Então, quando todos estavam reunidos à mesa e em seu lugar, ele se sentou à cabeceira, como de costume, e ordenou que seus convidados se sentassem. Como era ele quem presidia a mesa, foi o primeiro a se servir.

Ele pegou um pedaço de carne e começou a comer e aconteceu que quando deu a primeira mordida fez uma ferida na boca, de onde começou a fluir sangue abundante e não havia nada para contê-lo, a ponto de sangrar morrer. 

Todos os convidados levaram um tremendo susto com isso e ninguém conseguiu comer e a mesa ficou posta, assim como ORUNLA havia previsto.

Iboru iboya ibosheshe 

O ABO (CARNEIRO) É A PRINCIPAL OFERTA A XANGÔ

 


Esta história do Oddun de Ifa Otrupon Meji , nos conta porque o Abo é fundamental nas oferendas a Xangô, o Owunko (Cabra) é usado apenas em ocasiões especiais e também porque o eure (Cabra) não é sacrificado a esta divindade.

Reza a lenda que o Carneiro (Abo) foi um dos servos mais próximos do Orixá Xangô , a ele foram confiadas muitas tarefas de grande importância. Depois de algum tempo a serviço do deus do relâmpago, Abo começou a ficar chateado ao pensar que seu mestre o explorava, um dia ele se encontrou com Owunko e Eure para fazer um plano para destronar o rei.

Entre os três eles concordaram e foram até o local onde Xangô guardava seu machado e o escondeu para que ficasse desarmado. Abo começou a chamar Xangô desafiando-o para um duelo nos arredores da cidade.

O carneiro estava armado com alguns jarros muito afiados, naquele eure e owunko ficavam escondidos no mato com algumas peças sobressalentes caso precisassem atacar Xangô e ajudar seu amigo e cúmplice da traição.

Quando o rei soube que eles o estavam desafiando, ele aceitou o duelo, ele rapidamente foi ao seu arsenal para procurar seu machado, mas ficou surpreso ao ver que ele havia sumido, ele teve que se armar com o bastão de Akana que ele não havia usado por muito tempo.

Xangô vai à casa de Orunmila para adivinhação de Ifá

Antes de ir ao combate, ele decidiu ir primeiro à casa de Orunmila para que pudesse fazer adivinhação com Ifá . O odu revelado foi Otrupon Meji e Ifa recomendou que ele fizesse ebo com dois galos, o morcego, peixe defumado, jutia defumada, mel, fubá e Owo Mefa.

Um dos Akuko era para Exu Elegua e o outro era para oração, Shago fez o sacrifício conforme prescrito por Ifá e foi em busca de Abo para o combate.
O combate foi muito acirrado e em que nenhum dos dois adversários cedeu, num ataque muito violento, o aríete conseguiu derrubar XANGÔ; mas o último, ganhando força, levanta o bastão e consegue acertar Abo com força na testa e, assim, quebra os potes. Abo fugiu para a montanha onde o bode estava escondido pedindo-lhe que lhe trouxesse os jarros sobressalentes para que ele pudesse derrotar o rei.

História de Otrupon Meji: O Abo (carneiro) é a principal oferta a Xangô

Xangô vai à casa de Orunmila para adivinhação de Ifá

Xangô mostra que é o deus da guerra e do combate

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Esta história do Oddun de Ifa Otrupon Meji , nos conta porque o Abo é fundamental nas oferendas a Xangô, o Owunko (Cabra) é usado apenas em ocasiões especiais e também porque o eure (Cabra) não é sacrificado a esta divindade.

Reza a lenda que o Carneiro (Abo) foi um dos servos mais próximos do Orixá Xangô , a ele foram confiadas muitas tarefas de grande importância. Depois de algum tempo a serviço do deus do relâmpago, Abo começou a ficar chateado ao pensar que seu mestre o explorava, um dia ele se encontrou com Owunko e Eure para fazer um plano para destronar o rei.

Entre os três eles concordaram e foram até o local onde Xangô guardava seu machado e o escondeu para que ficasse desarmado. Abo começou a chamar Xangô desafiando-o para um duelo nos arredores da cidade.

O carneiro estava armado com alguns jarros muito afiados, naquele eure e owunko ficavam escondidos no mato com algumas peças sobressalentes caso precisassem atacar Xangô e ajudar seu amigo e cúmplice da traição.

Quando o rei soube que eles o estavam desafiando, ele aceitou o duelo, ele rapidamente foi ao seu arsenal para procurar seu machado, mas ficou surpreso ao ver que ele havia sumido, ele teve que se armar com o bastão de Akana que ele não havia usado por muito tempo.

Xangô vai à casa de Orunmila para adivinhação de Ifá

Antes de ir ao combate, ele decidiu ir primeiro à casa de Orunmila para que pudesse fazer adivinhação com Ifá . O odu revelado foi Otrupon Meji e Ifa recomendou que ele fizesse ebo com dois galos, o morcego, peixe defumado, jutia defumada, mel, fubá e Owo Mefa.

Um dos Akuko era para Exu Elegua e o outro era para oração, Shago fez o sacrifício conforme prescrito por Ifá e foi em busca de Abo para o combate.

O combate foi muito acirrado e em que nenhum dos dois adversários cedeu, num ataque muito violento, o aríete conseguiu derrubar XANGÔ; mas o último, ganhando força, levanta o bastão e consegue acertar Abo com força na testa e, assim, quebra os potes. Abo fugiu para a montanha onde o bode estava escondido pedindo-lhe que lhe trouxesse os jarros sobressalentes para que ele pudesse derrotar o rei.

Naquele momento, Exu estava passando e em gratidão a Xangô por vê-lo receber um Akuko como oferenda decidiu ajudá-lo. Sendo Elegua o Dono das Estradas, usou sua magia para fechar as estradas ao bode e assim se perdeu na floresta.
Totalmente desorientado, ele se encontra diretamente onde Elegua e Xangô estavam, nesse momento Exu diz: "Owunko também te traiu, esse plano foi traçado por três, Chivo, chiva e Carnero, você deve se vingar, comê-lo e sua carne ajudará você se recupera" e Chango assim ele fez.

Nesse momento ele recuperou suas forças e foi em busca de Abo.

Xangô estava totalmente vigoroso, com um sabre na mão e a pele do bode nas costas, pronto para mostrar que além de dono do Trovão, é também o deus da guerra.

Abo estremeceu de medo ao ver que o bode havia sido executado, mas tomou coragem e partiu para o ataque, seu oponente habilmente se esquivou e cortou sua garganta com o sabre e depois se dispôs a beber o globo ocular. Naquele momento Xangô disse: "Enquanto o Mundo for o Mundo, meus filhos continuarão comendo Ram, mas isso não nos impedirá de comer Ounko também, se necessário, pois Ounko será meu remédio. 

Não comerei Chiva por respeito ao meu pai Obatala e sempre que Otrupon Meji visitar meu reino provaremos o bode em sua homenagem . 

O abo é a principal oferenda a Xangô, por isso não deve faltar quando seus filhos são consagrados.

PATAKIE DE OGUNDA MASA: A ÁGUIA DE IFA


Esta história ou Patakie do signo de Ifa Ogunda Masa, reflete como a águia se tornou a guardiã do Igbodun e dos segredos de Ifa.

A águia era um Iworo que se dedicava à prática do Osha em sua profundidade, fazendo diferentes cerimônias, aos poucos foi alcançando um alto nível de conhecimento e se tornou uma grande religiosa.

Depois de algum tempo, ele começou a realizar consagrações e fez santos alakoso e tojosa (Osha), e nessa época a águia era o rei dos pássaros. Depois de consagrá-los, nomeou-os seus assistentes para auxiliá-lo em todas as cerimônias que realizava. 

Um dia a águia a águia ficou doente e ficou muito séria, pediu a seus assistentes que o consultassem, eles o fizeram, mas não puderam ajudá-lo, naquele momento decidiram chamar Orunmila para fazer adivinhação com Ifá.

Orunmila consagra a Águia em Ifá

Orunmila fez Osode (Adivinhação) para ele e o sinal que foi revelado foi Ogunda La Masa (Ogunda Osa), onde Ifá o recomendou a fazer ebbo, oferecendo sacrifício a Olokun e também lhe disse que ele deveria se consagrar em Ifá para se livrar de Iku.

Eles começaram a fazer os preparativos, eles também fizeram o ebbo relevante, prepararam as mãos de Ifa (Ikines) e entraram na sala de Consagração.

Já quando a águia era um babalawo, ele se dedicava ao cuidado dos segredos e do quarto de Ifá, tanto por sua retidão quanto por dedicação, assim como estava sempre atento, pois nunca dorme.

Este sinal fala sobre a dedicação e retidão que os babalawos devem ter na prática de Ifá.

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